sábado, 22 de maio de 2010

Sem palavras


Coincidência? Hoje na volta do trabalho comentei com uma amiga que provavelmente não teria lua de mel. Até então eu e Guto tínhamos outros planos e a viagem seria deixada mais para frente. No máximo iríamos para um lugar aqui pertinho para desligar geral da rotina e curtir os primeiros dias de casados. Mas acreditem: estes planos fazem parte de um passado recente. Assim que cheguei em casa minha irmã me ligou e pediu para eu abrir o blog. E olha a mensagem postada:

michella disse...

Chelle e Guto, estamos escrevendo nesse momento para entregar um dos nossos presentes: A lua de mel! Estamos felizes por poder oferecer esse presente a vocês. Pedimos a Deus que abençoe essa união e que vocês possam ser muito felizes. Ah, a Lua de Mel será em Paraty (RJ), na Pousada Dom Ângelo (www.pousadadomangelo.com.br), na Suíte Vermelha.

Vocês vão entrar na Pousada no dia 20/09/2010 e deixarão o belo local em 24/09/2010, isso mesmo são 4 dias de puro lazer, e visitas a: cidade histórica, parques e belas praias de águas claras. Amamos você! Ah, o nosso carro estará à disposição de vocês para a Lua de Mel. Tomara que vocês gostem! Bjos ao casal. Michella (gêmea) e Alexandre (cunhado).
22 DE MAIO DE 2010 20:03

Depois de ganhar um presente como esse (que é acima de tudo uma grande demonstração de amor) fiquei sem palavras. E ainda estou. Chella e Xande, OBRIGADA POR TUDO. Vocês são fundamentais em minha vida. Vocês são meus queridos, amigos, cúmplices, protetores e ANJOS DA GUARDA. Agora sim eu posso dizer: vou ter lua de mel. E olha que é para um lugar que sempre sonhei em conhecer.

Aí vou eu Paraty!!!!

[Na foto: eu e Guto com os protagonistas do dia, Xande e Chella]

sábado, 15 de maio de 2010

Os vestidos da patota

Neste sábado foi o dia da patota se reunir para escolher o vestido da Michella, minha irmã. No carro a conversa era paralela, as três falavam ao mesmo tempo, e todas querendo chegar num denominador comum. Na primeira loja não encontramos nada de interessante. Tudo muito chamativo e pouco bonito.

Na segunda, na Suzana White, entre muitas peças ficamos na dúvida entre duas. Como fazemos de costume, a Chella provou um e eu provei o segundo. Tem jeito melhor de tirar a dúvida de qual vestido levar para casa? Somos gêmeas, ué. Não precisamos de espelho, somos o próprio espelho uma da outra. Quem estava na loja não entendeu nada, claro. Mas como tornamos estes momentos sempre muito divertidos, o pessoal entrou no clima e opinou.

Mão na cintura, olha daqui, olha dali, comentário de cá e comentário de lá, a Chella digitou as senhas do cartão e comprou o vestido. Mais um ponto para mim, ou melhor, para nós. Desde o início do ano estávamos procurando a roupa dela para o casamento, mas não tivemos sorte nesse período. Hoje sim, muita sorte. Minha mana ficou lindíssima e corre o risco de tirar meu brilho. Rsrsrs.

A escolha do vestido da mamãe também não foi fácil. Mas como digo por ai que acho que Dona Maristela nasceu prematura, o dela foi comprado em dezembro. Ela saiu de casa sozinha e foi para a Tons. Achou uma roupa e logo ligou para saber a minha opinião. O problema era a impossibilidade de emitir qualquer “sim ou não” sem ver o vestido. Pedi para que ela tivesse paciência e esperasse eu e a Chella chegarmos do trabalho para confirmar a compra. Horas depois do telefonema, minha irmã foi para lá. Eu, atrasada, cheguei em seguida. Festa de novo. Mamis provou o vestido e nós adoramos. Cheque assinado.

Os detalhes? A cor do vestido da mamãe é castor e o da Chella é fuscia. Entranho, né? Mas na área da moda tudo pode, o que não pode é deixar de inventar.

Quatro meses. Iup!!!


Toda menina tem um livro predileto. Quando pequena, o meu favorito era o da Branca de Neve e os sete anões. Lembro até hoje que ele tinha uma capa toda brilhosa com bonecos em movimento. Era fantástico e mexia com a minha imaginação. Entre quatro paredes, deitada na minha cama, lia e relia a cena do beijo entre o príncipe e a menina cor de neve.

A história era apaixonante, mas no fundo durante boa parte da minha existência não achei viver uma semelhante. Tanto é que por muitas vezes disse para minha mãe que juntaria ou simplesmente namoraria para o resto da vida. Coisa da minha adolescência. Hoje, acredito que o que eu queria mesmo, no fundo, era construir uma família e ter aquela sensação gostosa de chegar em casa e encontrar o marido. Pois bem. Se tinha algo que podia ser coisa de contos de fada, deixou de ser. Tenho sim o namorado que todo mundo sabe quem é e agora falta pouco para a minha história virar realidade. Restam apenas quatro (QUATRO) meses, marcado no calendário, para cuidar dos detalhes da cerimônia e da festa. Entrei na contagem regressiva e não vejo a hora de chegar logo o dia.

Ao contrário do Guto não tenho nenhuma vergonha de caminhar sobre o tecido vermelho. Fui no mínimo cinco vezes dama de honra. Nessa matéria sou PHD. Andar diante de muita gente – cada um com seu modelito festa e com os olhos todos voltados pra mim - só vai me dar a certeza de que enfim estarei realizando o meu sonho. Até acho que vou ficar com as mãos tremendo, mas qual é o problema? Nenhum. Com vergonha ou sem vergonha da minha parte ou do Guto, não dá mais para fugir.

{Só uma observação. Esta semana não é especial só por conta dos quatro meses que faltam para o casório. No dia 16 faz um ano que nós nos reencontramos [época da frase “ela é mulher da minha vida” – eita coisa boa de ouvir]. E mais, no dia 17 é aniversário do meu amor. Então, 16, 17 e 18 são datas para serem comemoradas com uma taça de champanhe e um copo de cerveja, claro.}

segunda-feira, 10 de maio de 2010

E quem um dia irá dizer...



Cof cof, bora postar aqui!

Nunca casei antes, nem em sonhos. Quando pequeno fui pagem por duas vezes. Sempre tive muita vergonha e nunca consegui me imaginar entrando numa igreja para casar. Aquelas pessoas me olhando e sorrindo enquanto atravesso o longo tecido que cobre o chão da igreja sempre me deu vontade de sumir dali. Aprendi desde criança que meninos brincam de carrinho e jogam bola, e meninas de bonecas e casinha. Nunca sonhei com vestidos de noiva. Nem com grandes comemorações nesse sentido. Ser o tema principal da festa nunca foi meu foco. Sempre sonhei em ser médico, psicólogo ou empresário. Aprendi que não dá pra ser somente aquilo que já pensamos ser. Pode ser que apareça algo diferente, um novo desafio! Quem sabe? Ah! já pensei trocentas vezes o que faria se ganhasse uns 10 milhões na loteria! Esses são meus pensamentos mais interessantes. Viajaria, compraria casas e ajudaria a família. Ao final do meu longo planejamento, compraria uma bola de futebol. Sei lá por que! Talvez pra me lembrar daquele menino que tinha vergonha de tudo quando pequeno.

Numa dessas de ter vergonha e de fazer algo que nunca me imaginei fazendo (ser professor de matemática) que conheci por acaso uma colega de sala do Flávio. Aquele amigo desajeitado e engraçado que todos tem, no meu caso é o Flávio. Ela chegou, deu um oi de longe. Respondi oi. bla bla bla da monografia do Flávio... Mais tarde, saindo da aula de sexta feira (tinham 3 alunos da turma de supletivo no ultimo horário) resolvi sair de lá e ir direto para a mesa de reuniões oficial dos estudantes da Grande Vitória, a rua da lama. Chegando lá estavam todos sentados numa área aberta, e estava por chover, quer dizer, choveu! E todos se foram para o outro lado da Rua (eu fui junto) para se sentar numa parte coberta, e nesse rearranjo que acabei conhecendo uma estranha pessoa.

Alguns submarinos depois, saí em busca de um tranquilizante mental. Notaram minha falta... Essa foi a deixa... e bla bla bla caiu! Meses depois percebi que ao lado dela, não teria vergonha de atravessar rapidamente o longo tapete. Como nem tudo são flores nessa vida, em abril do ano passado, reafirmei com toda a convicção. Ela é a mulher da minha vida! Agora é hora de apertar a gravata. Ainda nem escolhi minha roupa, enquanto a patota já acertou quase tudo! [elas são profissionais] Mas a gravata acabo de escolher! Uma pequena gravata de 2 metros que ví no evento CASAR esse final de semana. Servirá para arrecadar fundos para a Faculdade do Tico!

Enfim, ainda não vi sapato, roupa, cueca e nem nada! Concordei com quase tudo até agora! Mesmo porque, o sonho da noiva deve ser intacto! Noivos são coadjuvantes. E acreditem, eles nem disputam o Oscar por isso. Apenas a sensação de ver a mulher da vida deles entrar, vestida de noiva é claro!, pela porta da frente da igreja já faz com que o sonho seja real antes de ser sonhado. E o melhor, Ao vivo!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Isso é vida


Eu tenho duas famílias. Sou uma menina de sorte. Se eu fizer a conta, com apenas 26 anos já tenho um batalhão de gente vivendo ao meu lado e a certeza de que nunca mais estarei sozinha. Uma família, claro, é a minha de sangue. Éramos seis, e agora somos doze. Quem? Eu, Guto, mamãe (Maristela), papai (José Reinaldo), meus irmãos Michel e Marcus, minha irmã Michella, cunhado Alexandre, cunhadas Renata e Ana, e sobrinhos Eduarda e Vinicius.

A minha segunda família é a do Guto, a “Dilem” e a “da Silva”. Lembro até hoje o dia em que conheci cada integrante. Estava na minha casa de praia em Praia Grande e fui para Marataízes com Guto para fazer o primeiro contato. Demorei mais ou menos uma hora para escolher a roupa e definitivamente fiz a pior delas. Fui com um vestido verde abacate. Que horror. Isso foi em janeiro de 2006. Ainda bem né, já faz tempo.

Em Marataízes dei de cara não só com a “família” do Guto, mas sim com a “grande família”. Além de pais e irmãos, quase todos os parentes dele estavam lá. Queria virar um tatu e me enfiar no buraco. Mas, ok, o jeito foi enfrentá-los. Enfrentar no bom sentido viu, amo essas pessoas. Agora, passados mais de quatro anos, me considero uma filha da Marilene e do José Carlos, e irmã do Dudu, Fernando e Lívia. Não posso deixar de somar nessa conta a Fernanda, noiva do Fernando e minha querida amiga, e o Wagner – namorado da Lívia -, que chegou na família recentemente.

Resolvi postar este texto só para demonstrar o amor que sinto por cada uma dessas pessoas. É bom acordar e sentir que tem alguém do outro lado que pensa com carinho em nós. É bom levantar da cama e saber que tem alguém que espera uma ligação sua. É bom ver o amanhecer do dia e ter a certeza de que não estamos sozinhos nesse mundo que parece não ter fim. Amo muito cada um de vocês.
[Na foto, tirada no meu primeiro noivado, estão minha sogra e minha mãe.]